A amamentaçâo de mulheres trabahadoreas e alunas de instituiçôes do ensino superior público de Coimbra

  1. Pedroso, Rosa María Correia Jerónimo
Dirigida por:
  1. Florencio Vicente Castro Director/a
  2. Dulce María Pereira García Galvao Director/a

Universidad de defensa: Universidad de Extremadura

Fecha de defensa: 05 de diciembre de 2011

Tribunal:
  1. Fernando Lara Ortega Presidente
  2. María Isabel Ruiz Fernández Secretario/a
  3. Jorge Juan Gómez Gude Vocal
  4. María Pilar Teruel Melero Vocal
  5. Enrique Merino Tejedor Vocal

Tipo: Tesis

Teseo: 316379 DIALNET

Resumen

O regresso ao trabalho/actividades escolares tem sido considerado um factor impeditivo do prolongamento da amamentação no final da licença de maternidade pelas mães trabalhadoras/estudantes. Estudo de carácter descritivo e transversal, desenvolvido nas Faculdades da Universidade de Coimbra, nos vários Departamentos do Instituto Politécnico de Coimbra e na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Pretendeu-se estudar as práticas e os limites existentes à amamentação em mulheres trabalhadoras, docentes e não docentes, e alunas das instituições em estudo, após o regresso ao trabalho/actividades escolares, avaliar factores que facilitam/dificultam a manutenção da amamentação após o regresso ao trabalho/actividades escolares, verificar se as instituições em estudo são promotoras da amamentação e descrever as vivências de amamentação que as mães trabalhadoras/estudantes vivenciam durante o período em que amamentam os seus filhos. A recolha de informação decorreu nos meses de Maio a Julho de 2009. Foi aplicado um questionário a todas as mães e uma entrevista semi-estruturada às mães que ainda amamentavam, aos Presidentes dos Conselhos Pedagógicos e aos Responsáveis pelos Recursos Humanos das respectivas instituições. Participaram no estudo 109 trabalhadoras (docentes e não docentes), 121 estudantes, que frequentaram Cursos de Licenciatura e Cursos de Pós-graduação, durante o ano lectivo de 2008-2009, e que tiveram filhos saudáveis nos últimos 5 anos, com idade gestacional entre 34 e 42 semanas, referindo-se a informação à última vivência de amamentação, independente da idade da criança à data da colheita de dados, 11 Presidentes dos Conselhos Pedagógicos e 12 Responsáveis pelos Recursos Humanos das instituições que fazem parte do estudo, e que quiseram participar voluntariamente. Os resultados do estudo quantitativo revelaram que as mães com apoio familiar, apoio dos colegas, ter alguma condição facilitadora no local de trabalho e não sentir cansaço, tenderam a manter a amamentação durante mais tempo. Como resultados do estudo qualitativo, a amamentação foi considerada um momento de relação mãe-filho, de partilha, trazendo benefícios físicos e emocionais para a saúde, tanto para as mães como para os seus filhos. Como factores facilitadores da amamentação as mães consideraram a praticabilidade, a flexibilização de horário, o apoio familiar, a existência de recursos materiais, o espaço físico e o cumprimento da legislação. Como factores dificultadores foram considerados a adaptação ao trabalho/actividades escolares, a não flexibilidade de horário, o stress/cansaço, a ausência de infantário/creche, a ausência de uma sala com frigorífico, a ausência de apoio familiar, os aspectos sociais, aspectos relativos aos profissionais de saúde, as penalizações, a ausência de apoio psicológico e o dilema em continuar a amamentar e simultaneamente reiniciar as actividades profissionais/escolares. Apenas o cumprimento da legislação em vigor, salientando-se a flexibilidade de horário, são as condições oferecidas pelas instituições às mães trabalhadoras. Esta temática nunca foi abordada em reuniões. A sensibilidade dos professores para esta temática é apenas a condição oferecida, às mães estudantes, nunca tendo sido abordada em reuniões. Esperamos incentivar e sensibilizar as mães trabalhadoras/estudantes para que possam usufruir de legislação e condições adequadas no local de trabalho/escola e sensibilizar e esclarecer as instituições de ensino estudadas, para a importância da manutenção da amamentação. Sugerimos como medidas de apoio às mães que amamentam, a criação de salas de apoio à amamentação e creches no local de trabalho/escola, de modo a permitir a continuidade do aleitamento materno.